Por uma Teologia da Libertação integra, em estilo e conteúdo, muitos dos fios soltos que ficaram esvoaçando ao vento, desde que o consenso teológico se fragmentou. Em uso torrencial de palavras e metáforas. Rubem Alves frequentemente nos faz lembrar do irado jovem Karl Barth. Em seu fascínio pela linguagem ele traz à mente os filósofos e teólogos da linguagem – mas como uma importante diferença: Rubem está mais preocupado com o contexto cultural e político do qual a linguagem emerge que com sua gramática. Para aqueles que se interessam pelo muito louvado diálogo entre cristãos e marxistas, ele é de fato uma personificação dos seus melhores frutos. Tanto no seu uso crítico de algumas das categorias marxistas como na afirmação de que a teologia tem de ser uma teoria da práxis, ele demonstra as contribuições que aquele diálogo pode fazer para a teologia.
