É com muita satisfação e alegria que, após ter tido a honra de traduzir as principais obras de Oscar Cullmann para o Português: (Das origens do evangelho à formação da teologia cristã – uma coletânea de importantes artigos de Cullmann – Fonte Editorial; O batismo em duas visões; Karl Barth e Oscar Cullmann, fonte Editorial; Cristo e o Tempo – Fonte editorial; apresento ao público brasileiro, pela Fonte Editorial, História da Salvação, que é, sem dúvida alguma, a magnum opus deste que consta, também sem dúvida, entre os maiores teólogos biblistas e exegetas do século XX. Cuja influência, ainda que pouco notada ou assumida, mantém incidências nos meios atuais da pesquisa neotestamentária preocupada em estabelecer as beses históricas da pessoa e obra de Jesus de Nazaré a partir das fontes judaicas, como os estudos católicas romanos de James D. G. Dunn ligados à “nova perspectiva sobre Paulo”, e anglicanos de N. T. Wright. Na verdade, a exigência do Pensamento contemporâneo lúcido de respeito à “temporalidade”, à “historicidade” dos constituintes ditos objetivos, vai muito além. E é mais densa do que as propostas que, ainda, em muito, prevalecem nos estudos acadêmicos brasileiros de hoje por meio de marcos teóricos advindos do racionalismo ocidental moderno. O qual, tendo sido formulado desde o século XVI, vem mantendo, de modo mesmo insuspeito à própria vertente crítica que dele sobressaiu a partir do final do século XVIII até o século XX (por exemplo, a Escola de Frankfurt), sua forte presença e influência nas chamadas “pesquisas históricas cíentificas”.
