O projeto de descolonização propõe um deslocamento da hegemonia teo/ego-lógica do império rumo a uma geopolítica e a uma lógica corporativa de conhecimento que surgem de uma desclassificação e não identificação dos sujeitos imperialmente negados como política e epistemologia que desloca o controle político e econômico do neoliberalismo e do capitalismo, ambos projetos imperiais. O processo de descolonização começa quando os agentes que habitam as línguas e as identidades negadas pelo império tomam consciência dos efeitos da colonialidade no ser, no corpo e no saber. Isso não significa evocar um elemento/ator/projeto externo quase messiânico, mas a inscrição de uma exterioridade que torna visível a diferença entre o espaço da experiência e o horizonte das expectativas inscritos no espaço colonial.
