As reformas empreendidas pelo Papa Francisco ainda estão em fase de anúncio. Mas suas posturas já instauraram grandes mudanças no imaginário do papado e da própria Igreja, prenunciando urgentes reformas estruturais ainda por vir. Em qualquer instituição é difícil mudar a tradição consolidada, as normas instituídas e os interesses dos sujeitos ali envolvidos. A Igreja Católica expressa essa atitude nas reações negativas às reformas do Papa Francisco, embora, na maioria das vezes, a resistência apareça como indiferença. Este livro analisa o impacto e as consequências possíveis da recepção da exortação Evangelii Gaudium e da encíclica Laudato Si . Segundo o autor, as Igrejas particulares, paróquias e comunidades ainda não assumiram o que o Papa Francisco vem pedindo em seus textos e atitudes, ou seja, projetos de reforma efetiva dos objetivos, das estruturas, do estilo e dos métodos evangelizadores. O desafio aqui explicitado é que os cristãos e os católicos comecem a mudar suas atitudes rumo a uma nova forma de vida. O Evangelho da criação é uma regra de vida para os que nele creem. A convocação de Francisco é exigente, pede conversão e mudanças no modo de viver, com postura renovadora na condição de sujeito eclesial e de sujeito social.
